quinta-feira, 9 de julho de 2009

Mesmo ao lado do meu escritório está o Tribunal de Família e Menores de Coimbra. E desde ontem que o fenómeno Martim se alastrou para norte, denominando-se agora Beatriz. A minha amiga R., retratou tão bem os mais recentes acontecimentos, que não resisti a pedir-lhe o texto emprestado para postar no nosso blog.

Aqui fica.

«"Superiores Interesses"


Arranque-se e deite-se fora o Livro IV do Código Civil e tudo quanto é lei escorada num tal de superior interesse da criança.
Metam-se juízes e procuradores no sítio, que não têm nada que fazer o seu trabalho.
Técnicos da Segurança Social e Comissões de Protecção de Crianças e Jovens? Fogueira com eles!
A partir de hoje, cala o Estado, cala o Direito, cala a Democracia.
E vivam os anarcas mais a "vida loca"! Cada um por si, olho por 500 euros, dente por dez minutos de tempo de antena.
Dá-me náuseas até às entranhas saber que há disto a vingar por aí!»

2 comentários:

caril disse...

e viva a republica das bananas lolll

Ana Silva disse...

Não diria melhor... Eu, que sempre disse que "na vida nada é linear" (e que continuo a acreditar nisso), desde que trabalho no Tribunal de Família e Menores abro uma excepção para estes casos. Sim, há casos bem lineares, sobretudo estes que envolvem crianças... Mães adolescentes, com um historial de família violento, sem as mínimas condições para educar crianças... E o que mais me revolta é que no nosso país é crescente a falta de respeito e credibilidade das decisões judiciais e a forma como os media desacreditam as magistraturas... sem conhecer MINIMAMENTE os meandros dos processos. Se eles estão sempre certos? Claro que não. O que me enoja é que estas pessoas usam as crianças como um joguete, como um meio de satisfação dos seus caprichos, como uma forma de ter 15 minutos de fama... É assim neste caso? Não sei, não conheço o processo... Mas a julgar pela excepção aberta ao princípio de que "na vida nada é linear", a minha opinião tende a cair para a afirmativa.